27 de mai. de 2007

Escola Livre mostra outra perspectiva da dança

A seguinte reportagem foi feita para o Jornal Online da Universidade Santa Cecília, na edição de sábado, 26 de maio de 2007

Escola Livre mostra outra perspectiva da dança


Ao levar uma das filhas para a Escola Livre de Dança da Secretaria da Cultura de Santos, a artista plástica Karla Bernard descobriu que havia ali atividades também para ela. Karla fez o curso de dança moderna e contemporânea e, atualmente, dirige a Associação de Pais e Alunos Companhia da Dança, além de participar de dois grupos da escola.

Outras mães seguem o mesmo exemplo e participam dos cursos de extensão curricular e das oficinas oferecidas pela escola, enquanto as filhas se dedicam à dança.

A professora Adriana Ayres diz que as mães têm muito a ganhar ao participarem das atividades oferecidas. “A correção da postura corporal, os exercícios de dança e a interação criada pelos movimentos faz com que haja um ganho na qualidade de vida e uma melhora da auto-estima delas”, explica.

Já as meninas que não se encaixam nos padrões do balé clássico descobrem na escola o talento para a dança e a criação de coreografias. “As crianças podem fazer parte da Escola Livre de Dança, porque aqui não existe a obrigação de se encaixar na forma exigida pelo balé”, diz a professora Adriana.

Unindo arte e educação, a escola oferece oficinas de dança integrativa, iniciação à dança, flamenco e jazz. Nas duas últimas modalidades, participam crianças e adultos. As oficinas de dança têm duração de um ano e os cursos extracurriculares, de três. As crianças levam de sete a nove anos para se formar em dança moderna e contemporânea.

“A dança integrativa reúne jogos cooperativos, dança criativa, que trabalha o lado lúdico, e danças circulares, que remetem às danças antigas de todos os países do mundo. As danças circulares são realizadas da mesma forma como foram criadas”, explica a professora Fátima Abreu.

As aulas acontecem de duas a quatro vezes por semana, com uma hora de duração. Os alunos desenvolvem habilidades de coordenação motora, musicalidade, expressão corporal e participam de atividades complementares com aulas de iluminação, cenografia, teatro e moco, que mistura arte marcial, resistência, força e concepção de movimentos.

Os cursos de dança são procurados por alunos que desejam trabalhar como bailarinos profissionais. “A escola oferece uma formação em dança completa e os alunos aproveitam bem. O jazz, por exemplo, abre o leque para se dançar nos shows de cantores de músicas românticas”, conta a professora Joyce Santos.

“Depois de formados, os alunos podem trabalhar como bailarinos, professores ou coreógrafos”, diz a cenógrafa Cristiana Pieroni.

Nos cursos de dança moderna e contemporânea, o balé clássico está presente porque é um dos fundamentos. Fátima esclarece que a dança moderna permite uma maior possibilidade de movimentação e, em alguns casos, dispensa o uso de sapatilhas, como na linha de trabalho da bailarina Marta Graham.

Segundo ela, a dança contemporânea busca inovar. “Suas coreografias refletem o presente. Ela cria e recria através da movimentação corpórea. Uma das expoentes do estilo é a coreógrafa Deborah Colker, que faz uma pesquisa profunda para mesclar dança, resistência e força”.

Karla Bernard diz que a escola contribui na formação crítica dos alunos. Ela cita como exemplo o musical Olhares, espetáculo apresentado pela escola no final do ano retrasado, em que as crianças tiveram contato com a música do compositor Chico Buarque de Holanda.

“Do Sonho À Fantasia” foi o tema do último espetáculo, que teve a direção de Egbert Mesquita e homenageou Walt Disney. Na apresentação, as coreografias remetiam à infância do desenhista e retrataram a sua vida. Projeções de filmes ao fundo interagiam com as coreografias criando uma atmosfera de sonho.

Nos festivais de que participa, a Escola Livre de Dança tem sido representada por dois grupos: o “Vértice” e o “Arte N’Alma”, com premiações conquistadas no Festival Cidade de Santos — Dançar a Vida e no Passo da Arte de Cubatão.

No próximo dia 18 de junho, às 19 horas, no Teatro Municipal Brás Cubas, a escola vai apresentar um festival interno, aberto ao público, com coreografias sobre datas festivas do calendário. As coreografias serão desenvolvidas pelos próprios alunos e visam desenvolver o lado artístico.

Origem — Ao entrar na Escola Livre de Dança, o visitante ouve a música de uma das duas salas de aula, que envolve todo o ambiente. Na recepção, há livros de dança, revistas e fitas dos espetáculos de fim de ano. Alguns troféus conquistados pelo corpo de baile também estão expostos.

A escola foi fundada no ano 2000, a partir do projeto que as professoras Adriana Aires, Elaine Martins, Fátima Abreu e Sandra Alves levaram à Secretaria da Cultura de Santos. No início, oferecia dança criativa, estilo livre e dança moderna. Hoje, tem mais de 500 alunos matriculados.

Há um ano e meio, a coordenação da escola está a cargo de Aurora Sarro. A Escola Livre de Dança conta com a Associação de Pais e Alunos que se mantém com contribuições voluntárias. A arrecadação é revertida para a escola ou para os alunos quando, por exemplo, a associação negocia um melhor preço na compra de vestuário para dança, ou auxilia alguns dos estudantes com vale-transporte e figurinos.

A Escola Livre de Dança abre inscrições no começo do ano. Os alunos que participam dos cursos e oficinas recebem certificados. O endereço é Rua Antônio Bento, 49, Vila Mathias. Telefone (13) 3223-0629.

20 de mai. de 2007

Jornalismo Cidadão em pauta

A CNN tem uma nova e interessante forma de interação com os telespectadores, que podem participar através de vídeos, fotos e comentários. Além da notícia e de fatos que causem surpresa. O site dialoga com as pessoas em eventos como os dias da mães, e, após a morte de Bóris Ieltsin, os internautas escrevem depoimentos sobre a importância do lider soviético. No blog do CNN-Exchange há comentários sobre os vídeos e fotos apresentadas, às vezes com os bastidores das notícias. O ponto positivo é que a interatividade aproxima as pessoas ao veículo, indo além de mero telespectadores. No entanto, o entretenimento continua forte, mesmo em um canal jornalístico, prevalece o lazer em vez da reflexão.
O jornalismo cidadão tem como pioneiro o site OhmyNews que tem sua sede na Coréia do Sul e recebe reportagens de internautas, denominados repórteres cidadãos. Ele é igual a um jornal com diferentes editorias. Do Brasil, foi notícia a derrota do Flamengo e a visita do Papa. As notícias, a meu ver, estavam imparciais. O site conta com um manual de estilo, um código de ética (só permitido acesso a assinantes) e dicas para os repórteres postarem de acordo com os padrões. Se um repórter fizer 25 reportagens simples, sem dar manchete, ele recebe 50 dólares. o que provavelmente não paga o custo da operação. Também há uma adaptação do slogan do NY Times com: That's fit to share with you. Deveriam ter usado a criatividade do desenvolvimento do site também no slogan e não ficar copiando o Sr. Ochs

17 de mai. de 2007

Hai-Kai

Marias-sem-vergonha no jardim de Alá
Ondas quebrando na beira do mar
Bailarinas girando ao som de Bach

12 de mai. de 2007

Escolinhas em SV formam jogadores para times grandes

Em São Vicente, duas escolas preparam jogadores para times de todas as divisões do futebol paulista. No São Paulo Futebol Center e na Escolinha do São Caetano, os atletas que se destacam vão para as categorias de base desses e de outros clubes.

Muito esforço, vontade e dedicação fazem parte do dia-a-dia de cada jogador que busca se profissionalizar. “Hoje, o futebol exige dos jogadores que estão começando dedicação semelhante aos estudos para se chegar a uma faculdade. Qualquer jogador tem chance de atuar em um time grande. O principal requisito é ter vontade”, diz Wilson Topp, coordenador da escolinha do clube do ABC.

Para Topp, o futebol se profissionalizou e os treinadores dos times grandes e médios, quando vão fazer teste com os jogadores, observam, além do talento, o aspecto técnico: se o jogador sabe se posicionar, receber a bola e trocar passes, ou seja, se o garoto já tem domínio tático. Tudo isso facilita a escolha do jogador para as categorias de base.

De acordo com o coordenador, a escola de futebol aprimora o jogador nos aspectos físico e tático. Os treinos acontecem três vezes por semana e a duração média de duas horas. Os treinadores da escolinha do São Caetano são ex-jogadores com formação em educação física.

“Não existe um tempo mínimo para o aluno participar dos testes nos times. Encaminhamos o jogador quando ele está preparado”, afirma Wilson Topp.

O futebol de salão tem a preferência da garotada, diz o coordenador, porque "é mais fácil fazer gol, o campo é menor, geralmente coberto e os meninos não se sujam tanto quanto no campo". Mas ele ressalta que, quando se começa a jogar no tempo certo, na idade de 9 ou 10 anos, não faz muita diferença se é futebol de campo ou salão.

A escola de futebol do São Caetano começou na praia do Itararé há dois anos. Hoje ela tem 70 alunos. Sete deles jogam na Portuguesa Santista - cinco na categoria sub-15 e dois na sub-17.

A dedicação do jogador também é destacada pelo proprietário da escolinha São Paulo Futebol Center, José Celestino de Menezes. “A força de vontade e o esforço fazem a diferença em um jogador que queira se destacar e jogar em um time grande”.

Nos treinos, os meninos aprendem os fundamentos e a tática do futebol. “Não existe um tempo mínimo para aprender”, afirma Celestino. Ele diz que no ano passado um dos meninos fez teste para o São Paulo uma semana depois de ter entrado para a escola, e foi selecionado para o clube. Já outros ficam de dois a três anos e não passam nos testes.

Segundo Celestino, o São Paulo Futebol Clube realiza quatro avaliações dos jogadores da escola por ano. Duas são no centro de treinamento do clube paulistano e duas na escolinha. No ano passado, a escola tinha 200 meninos e cinco foram selecionados para as categorias de base do clube.

A escola prepara o jogador ensinando os fundamentos, aspectos táticos e preparo físico. Os treinos, com duração de três horas, ocorrem de segunda a sexta-feira, no 2º Batalhão de Infantaria Leve e no Jóquei Clube. Celestino ressalta que não existe a obrigatoriedade de se treinar todos os dias. "Os alunos têm livre arbítrio”.

Ele conta que decidiu ter uma escola do São Paulo por considerar que o clube é o que oferece melhor assistência aos franqueados, como palestras e cursos para os professores. O São Paulo, ao selecionar os jogadores das categorias de base, prioriza os das escolinhas franqueadas.

Celestino considera importante o aluno começar no futebol de salão, citando como exemplo jogadores como Djalminha, Ronaldo Fenômeno e Robinho.

Futsal - No Centro Esportivo Robinho, 420 meninos e 54 meninas participam das escolinhas de futebol de salão. Existem dez horários diferentes de treino. As equipes disputam campeonatos em todas as categorias. De acordo com o coordenador do centro esportivo, João Rodrigues, o Rodinha, há uma lista de espera grande.

“Noventa e cinco por cento dos jogadores de futebol de campo começam jogando no futebol de salão, que é a escola do futebol de campo, porque melhora a parte tática e fortalece a disciplina. O aluno tem que usar a camisa para dentro, não pode xingar, tem que ser educado e ao mesmo tempo fazer lances rápidos e marcar o time adversário”, explica Rodrigues.

Para o coordenador, a prática do esporte desenvolve o convívio social. “O esporte é tão importante quanto a saúde e a educação, porque trabalha a parte física e social”.

Jogadores - Wagner Hainklain Jaques Júnior, de 15 anos, é volante da Portuguesa Santista, onde joga na categoria sub-15. Ele começou a jogar futebol aos 8 anos e freqüenta a escolinha do São Caetano desde 2006.O jogador afirma que melhorou na escolinha, “Eu desenvolvi a musculatura, velocidade e resistência”, diz. Agora, Wagner pretende se tornar profissional. “Vou fazer o máximo possível para isso acontecer”, promete.

O zagueiro do time do Jabaquara, Ariel Silva Ribeiro dos Santos, de 14 anos, joga futebol desde os 8. Ele começou no Esporte Clube Beira Mar, onde frequentou a escolinha de futebol de salão por seis meses. Atualmente, tenta conciliar os estudos da sétima série com o futebol. Ele treina de segunda a sexta e tem como objetivo jogar num clube grande e seguir carreira no futebol.

Outro jogador do Jabaquara, Francisco Júnior, de 15 anos, é lateral esquerdo e também joga futebol desde os 8. Ele freqüentou escolinha por dois anos e diz que conseguiu se destacar. O jovem está na oitava série e afirma que consegue conciliar a escola com o futebol. No futuro, pretende jogar fora do Brasil.

Serviço - A Escolinha São Paulo Futebol Center treina às segundas, quartas e sextas, às 14 horas, no Segundo Batalhão de Infantaria Leve, em São Vicente. Informações pelos tels. (13) 9121-7402/3564-1717.

A Escolinha do São Caetano treina às terças, às 15 horas, na Praia do Itararé; às quintas às 15 horas; e aos sábados às 9 horas, no Segundo Batalhão de Infantaria Leve. Informações pelos tels. (13) 9141-5357/3026-6504.
( Reportagem Para o jornal online da Unisanta)