25 de mar. de 2007

Jornalismo em questão (discussões a partir da aula)

O jornalismo continua com o mesmo espaço na produção da informação. Antes os outros meios também produziam informação, nem tanto de caráter político, como é a maior vertente do jornalismo, ou de influenciar em decisões da população . Porém esses meios como o cinematográfico e o musical produziam informações reflexivas, por exemplo Tempos Modernos de Chaplin, as canções do Geraldo Vandré, Chico Buarque e Caetano Veloso (É proibido proibir).

A tecnologia advinda com a cibernética tem por finalidade organizar, controlar e administrar (no sentido de quem tem acesso a quê) a informação, que por sua vez está controlada por grandes conglomerados que fazem a agenda setting e a jurisprudência (termo usado pelo Luís Nassif) do jornalismo.

Assim o computador continua sendo a ferramenta. A possibilidade de um site ou blog ou vídeo (ex. You Tube) alcançar milhares pessoas gera uma repercussão momentânea que não chega a influenciar diretamente ao público. O viés maior de sua influência é o entretenimento, ou no máximo, uma informaçao passageira.

A diferença principal, e aí está o poder do jornalismo, é a formação do leitor. Quando o jornalista publica um texto ele preenche as lacunas que o seu público desconhecia. O interesse em ler, ver ou ouvir está justamente na posição que o cidadão irá tomar a partir do que ficou sabendo.

A produção de informação por diferentes canais aumenta a discussão sobre um determinado tema e amplia os horizontes de quem está interessado em descobrir os diferentes ângulos do assunto. Contudo, o tempo disponível das pessoas é escasso e elas vão buscar a fonte mais confiável que continua sendo de caráter jornalístico.

Dessa forma o jornalista continua exercendo importante papel na sociedade, sua importância tende a aumentar se ele respeitar os príncipios da profissão. Infelizmente isso não tem acontecido, devido a tomada de partido da imprensa em determinadas questões.

Mas aí o debate sai desta esfera e vai para a questão: profissional /empresa. E, para parafrasear o Kipling, é assunto para outro pôr do sol.

23 de mar. de 2007

Para lembrar dos anos idos

A semana tem sido corrida. E, para variar, vou relembrar a idéia original, ou melhor, a primeira vez que pensei em criar um blog. Foi nos idos de 2003. Durante as conversas de fim de noite na casa da Sandra (Nossa amiga e conselheira, sempre com uma visão diferenciada da vida e da sociedade, além de uma sinceridade incomum).
Bom, então a gente caminhava pelas ruas de Pinheiros e terminava tomando um último café, feito numa cafeteira italiana, como despedida da conversa. E, lembro que disse para o Phillip (Um cara super gente boa; Grande Irmão) e a Sandra: -- O que vocês acham de eu fazer um blog? Então a Sandra a responde que eu tenho que atualizar todo dia. O Phillip confirma. E eu penso...
Não tenho tempo para postar todo dia, vai ser complicado. Ai o Phillip dizia: "O Léo é o cara das mil idéias, amanhã ele vai estar com outro projeto na cabeça...". E tenho que dar razão a ele, o projeto só saiu da massa cinzenta depois de quatro anos, sem contar a solicitação dos profs.
Tempos bons aqueles. A gente chamava professor de profe. Eu fazia uma crítica silenciosa dos quadros do Andy Warhol que a sandra adorava. Sem contar o Prof. Valmir que nos divertia e quando achava que a gente tava abusando da paciência dele, radicalizava, rs. E a gente se revoltava mas entregava os trabalhos a tempo.
Hoje a Sandra passa uma temporada na Espanha. Ela agora resolveu se dedicar à Gastronomia, e pelo que sei, está indo bem. Daqui há alguns anos provavelmente poderemos visitar um bistrô -torço para que seja em sampa- e saborear os excelentes pratos que a Sandra já fazia antes da pós.
O Phillip continua na Selva de pedra trabalhando com cinema e um pouco de jornalismo mais para fotográfico. Até acho que ele não gosta muito de Jornalismo. Mas quando sai para fazer reportagem. O cara é bom.
Eu sigo estudando para terminar o curso. Com umas reportagens para as disciplinas do curso que logo logo estarão nesse blog. Então se vocês acharem o blog um pouco parado visitem alguns dias depois, pois sempre haverá novidades.

18 de mar. de 2007

Biodiesel em pauta

Alunos de Engenharia fazem biodiesel mais puro e barato

Com o objetivo de produzir um biodiesel mais puro, os alunos do curso de engenharia química da Unisanta Bianca Saragiotto Koga, Bruno Pizzirani e Renato de Marchi Vieira dos Santos estão desenvolvendo um projeto inovador que modifica a etapa final da produção deste combustível. (Lead da matéria publicada no jornal online da Unisanta, ediçao do dia 17/03/2007. o link da matéria está no título).

16 de mar. de 2007

Be Blair or Well

George Orwell, o autor de Revolução dos Bichos e 1984 (Big Brother), era na verdade Eric Arthur Blair. Filho de um funcionário do Império Britânico, estudou em renomados colégios ingleses. O pseudônimo, segundo Orwell or Blair, era porque ele não tinha uma reputação a zelar. O autor, chegou a cogitar no lançamento de seu primeiro livro o uso da letra X como pseudônimo. Não obstante, a família também não queria se comprometer com a sua "franqueza de linguagem". (subentende-se a visão crítica sobre a dura vida de ser pobre em Paris e Londres do começo do século passado).

Apesar de ter lido os dois livros que lhe deram a fama, só agora descobri esta curiosidade. Seu primeiro livro, Na pior em Paris e Londres, lançado no ano passado pela Cia das Letras, tem uma linguagem jornalística e, lembra os livros de viagem, com aventuras e depoimentos na primeira pessoa.

Orwell, Embora tenha sido um autor controverso, é reconhecido por, em relação aos regimes totalitários, ter levantados seus problemas e criticado sua opressão. Ele também denuncia, em forma figurativa, os privilégios de uns poucos e as desigualdades do regime socialista. (talvez tenha vivenciado os dois).

Uma última questão para divertir os leitores. Será que o Tony Blair é parente do Orwell. Se a asserção for positiva; o primeiro ministro terá muitas coisas a aprender com o escritor que vivenciou o submundo da Inglaterra no século passado. Para saber mais leia o livro

13 de mar. de 2007

Garcilaso

Descobri este excelente poeta da língua espanhola através de um livro de Garcia Marques. Pesquisando na internet. Descobri outros poemas...todos muito românticos, as imagens evocadas por Garcilaso de la Vega em seus textos são de colorir os corações de todos nós. Recomendado para todos os corações apaixonados e, para os que não caem facilmente nas garras do cupido, a poesia de Garcilaso será inspiradora. O link para conhecer alguns sonetos e mais sobre a vida do poeta é:http://www.garcilaso.org/obras/sonetos.htm

12 de mar. de 2007

Post by mail

Estreando o serviço de postagem por e-mail depois de uma tentativa mal sucedida ontem. Vou tentar novamente.
Todo autor de blog, rs, deve se sentir com uma legião de leitores esperando a próxima nota, e, com uma certa qualidade que valha os minutos perdidos para ler a opinião do autor.
Hoje resolvi comentar uma nota sobre uma pesquisa sul-coreana em que especialistas em tecnologia prevêem que em 2015 os exércitos usarão uma roupa de camuflagem inteligente que irá se tornar da cor do ambiente em que eles se encontram. Tipo no deserto devem se parecer com areia. E eu pensando que, se os caras são especialistas em tecnologia deviam estudar uma forma inteligente de acabar com os exércitos. Seria bem mais útil seguir o exemplo de alguns países, em  que os recrutas fazem serviço social ou trabalham com educação. Enfim, está para nascer a cultura da Paz.

Experience, no branding, for the Online


Marcas buscam “corações e mentes” para
conquistar o público


Branding experience, isto é, a convivência ou interação da marca com o público, vai além do simples patrocínio ou apoio. De acordo com a professora, publicitária e coordenadora de Marketing do grupo A Tribuna, Arminda Costa, o objetivo, para as marcas, é chegar mais próximo do cliente, seja com a venda de um produto, seja com a fixação da marca na mente do público. (Lead da reportagem de uma palestra da Semana Siciliana no ano passado, feita logo após a palestra, em cima da hora, tipo jornal diário)

11 de mar. de 2007

Um conto para começar


Inicio minhas postagens com um conto que escrevi no ano passado a partir de uma reportagem do Diário de SP. Para os amigos que ficaram entristecidos com a história, peço que vejam como uma motivação para olharmos mais para os problemas sociais. O papel do jornalismo é por as questões em debate. E, para terminar, na vida real o personagem não havia sido despejado
(Leonardo)

O dia em que a casa caiu, da árvore

Sete horas da manhã, o dia acabava de amanhecer. Ubirajara foi acordado pelas pedras jogadas na 'janela' de sua casa. Quando saiu para ver quem era se deparou com o encarregado da prefeitura que gritava:

"Saia já daí. Onde já se viu morar em árvore na cidade. Você não sabe que é proibido fazer casa em árvore? Ou tá querendo imitar João de Barro? Isso na cidade não pode".

Ubirajara ficou assustado. Sem nem ter tempo de coordenar os pensamentos direito. Aos poucos, tomava conta que sua casa seria derrubada. Desconhecia que fazer casa em árvores era proibido. Conhecia a história de alguns amigos que moravam num terreno. Um dia veio a polícia e a prefeitura, traziam escavadeiras e foram derrubando as casas. O que antes era abrigo, virou só madeira entulhada, depósito de tábuas. O povo teve que se virar. Iam sem destino incerto, levavam o que podiam.


Depois do susto, começou a descer da árvore, pensava numa forma de continuar com a casinha que construíra há alguns meses. Na casa, havia uma porta que deu bastante trabalho para fazer; juntou as vigas, aproveitou as folhas da árvore para o telhado. Numa marcenaria próxima arrumou umas folhas de madeira que fez as paredes. Era uma peça só, mas ele gostava daquela casinha. Vivia bem ali. Tinha até uma mesa pequena com alguns mantimentos.


Quando chegou no chão explicou para o encarregado que era descendente de índio, que havia morado na mata e se acostumara a dormir em árvore. E, na cidade, para não parecer diferente, resolveu fazer aquela casa de madeira. Disse até que combinava com a árvore.


Mas o funcionário da prefeitura não estava para conversa. "Se ele quisesse fazer casa em árvore teria que ter pedido autorização da prefeitura e pago as taxas para o requerimento". A ordem era para derrubar a casa. O secretário do meio ambiente havia lhe dito: 'se a moda pega vai faltar árvore para tantas casas'.


Ubirajara pensava consigo 'como vou pedir autorização se o que ganho com os bicos que faço mal dá para comprar o de comer'. Estava desolado, não tinha para onde ir depois que a casa caísse. Talvez aceitasse a ajuda de um amigo para comprar a passagem e voltar para a floresta. Mas, pensava ele, no mato já não tinha mais caça; e, as florestas diminuíam a cada dia.


Os peões já escalavam a árvore, levavam martelo, alicate e serrote; iam começar a demolição. O dono da casa não ofereceu resistência. Pediu apenas alguns minutos para juntar suas coisas e partir. Subiu de novo, olhou as paredes de sua casa pela última vez, não resistiu e, chorando colocou o que pode numa mochila, desceu da árvore e, assim como os outros moradores, iria partir sem destino. Talvez dormisse no albergue da prefeitura naquela noite.

Não quis ver os peões destruírem sua moradia que construíra com gosto. Após ter caminhado um pouco e já distante escutou a ameaça do encarregado. "Se construir de novo, da próxima vez que a gente vier, vamos derrubar a árvore".


Ubirajara seguia triste e começava a acreditar que o povo da cidade era mau, "já pensou derrubar uma árvore que servia de abrigo para os pássaros, dava frutos na primavera, trazia frescor no verão e ainda reduzia a poluição", dizia para si mesmo. Na sua caminhada sem destino, levava na mão um livro, na capa o desenho de uma árvore e um menino pendurado nos galhos. De longe dava para ver as letras do título: 'O barão nas árvores'.