( A seguinte matéria foi publicada no jornal Online da Unisanta durante a cobertura do Intercom)
O representante do jornal Le Monde Diplomatique – Brasil, Antonio Martins, afirmou durante debate sobre responsabilidade da mídia, promovido pela J-Aliança nesta sexta-feira, na Unimonte, que quando se fala em responsabilidade da mídia há duas questões envolvidas: a dos jornais e a da democracia. Segundo Martins, hoje existe uma crise na democracia e nos meios de comunicação.
Antonio Martins considera que é responsabilidade dos jornais oferecer um conjunto de informações para que o leitor possa tirar suas conclusões e escolher seu próprio caminho. "Os meios de comunicação têm um poder que lhe é atribuído desde a Revolução Francesa, que é o quarto poder".
Na sua origem, os jornais estavam ligados aos partidos políticos. Hoje, pertencem às empresas e correspondem a interesses empresariais, disse Martins. Assim, há uma mudança de objetivos com ênfase nos interesses do mercado. Os jornais querem conquistar cada vez mais público e oferecer este público para os anunciantes.
O jornalista vê uma "docilidade" dos meios de comunicação em relação às empresas. Para ele, há uma movimentação de recursos financeiros volumosos e um desenvolvimento tecnológico que subverte a relação entre emissor e receptor. Ao mesmo tempo foram surgindo outros poderes, que são as organizações multilaterais de poder internacional, sem teor democrático, como por exemplo o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial.
Martins explica que a sociedade tem se articulado por meio de diferentes movimentos para buscar uma representação, como uma alternativa às eleições que ocorrem a cada quatro anos. "É uma outra forma de tentar ser político".
Ele considera positiva a multiplicação dos emissores, por gerar formas de participação, mas alerta que se corre o risco de criar um "caos informativo". "A responsabilidade da mídia está em aceitar os desafios dos múltiplos emissores e construir formas de diálogo e de sujeitos sociais para criar formas de democracia".
O Le Monde Diplomatique - Brasil passou a ter edição impressa a partir de mês de agosto de 2007. Com tiragem de 40 mil exemplares, a edição é mensal e tem como editor o jornalista Antonio Martins.
O representante do jornal Le Monde Diplomatique – Brasil, Antonio Martins, afirmou durante debate sobre responsabilidade da mídia, promovido pela J-Aliança nesta sexta-feira, na Unimonte, que quando se fala em responsabilidade da mídia há duas questões envolvidas: a dos jornais e a da democracia. Segundo Martins, hoje existe uma crise na democracia e nos meios de comunicação.
Antonio Martins considera que é responsabilidade dos jornais oferecer um conjunto de informações para que o leitor possa tirar suas conclusões e escolher seu próprio caminho. "Os meios de comunicação têm um poder que lhe é atribuído desde a Revolução Francesa, que é o quarto poder".
Na sua origem, os jornais estavam ligados aos partidos políticos. Hoje, pertencem às empresas e correspondem a interesses empresariais, disse Martins. Assim, há uma mudança de objetivos com ênfase nos interesses do mercado. Os jornais querem conquistar cada vez mais público e oferecer este público para os anunciantes.
O jornalista vê uma "docilidade" dos meios de comunicação em relação às empresas. Para ele, há uma movimentação de recursos financeiros volumosos e um desenvolvimento tecnológico que subverte a relação entre emissor e receptor. Ao mesmo tempo foram surgindo outros poderes, que são as organizações multilaterais de poder internacional, sem teor democrático, como por exemplo o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial.
Martins explica que a sociedade tem se articulado por meio de diferentes movimentos para buscar uma representação, como uma alternativa às eleições que ocorrem a cada quatro anos. "É uma outra forma de tentar ser político".
Ele considera positiva a multiplicação dos emissores, por gerar formas de participação, mas alerta que se corre o risco de criar um "caos informativo". "A responsabilidade da mídia está em aceitar os desafios dos múltiplos emissores e construir formas de diálogo e de sujeitos sociais para criar formas de democracia".
O Le Monde Diplomatique - Brasil passou a ter edição impressa a partir de mês de agosto de 2007. Com tiragem de 40 mil exemplares, a edição é mensal e tem como editor o jornalista Antonio Martins.