11 de nov. de 2007

Uma conversa com o zagueiro Antônio Carlos

(matéria publicada no jornal metrópole, edição de 27/out a 02/nov)


O Santos FC, na luta por uma vaga na Taça Libertadores da América de 2008, já conta com o zagueiro Antônio Carlos, recuperado de uma cirurgia no joelho, realizada em maio, após uma contusão no jogo contra o Caracas, da Venezuela. Atualmente, ele treina com a equipe juvenil do clube e diz estar confiante para atuar nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro, afirmando estar à disposição do técnico Wanderley Luxemburgo.

A volta aos gramados, o jogador de 38 anos credita à própria força de vontade e ao departamento médico do clube, onde enfrentou intensos treinos físicos durante o período de tratamento, inclusive aos domingos.
O veterano futebolista já participou de testes de dividida, que avaliam a resistência real do atleta aos choques que enfrentará quando voltar às partidas oficiais.


O esquema com três zagueiros ajuda a superar a falta de ritmo?

Dependendo da equipe, o treinador muda. A maioria dos treinadores da Europa usa esse esquema. Eu acho que ajuda o Santos a ter mais entrosamento. Independente do esquema em que o time joga, o importante é levarmos em conta que há mais três jogos dentro de casa e precisamos fazer de tudo para vencê-los. A classificação para o próximo ano na Libertadores nós vamos conseguir com estes jogos.

Você atuará no Santos em 2008?

Eu estou vivendo a expectativa de voltar a jogar, então, prefiro curtir esse momento e ver se consigo participar de alguns jogos. Quero ver o que vai acontecer comigo até o final do ano. Agora, tendo a oportunidade de jogar, preciso ver como será meu rendimento.

Esta decisão depende da vaga para a Libertadores?

Antônio Carlos - Depende da vaga na Libertadores e depende do Santos também. Nós vamos conversar no final do ano. Por enquanto, tenho que recuperar-me e ver se consigo jogar.

Você pensa em integrar a comissão técnica de Wanderley Luxemburgo quando parar de jogar?

Se aparecer a oportunidade... fazer parte da comissão técnica é importante para adquirir uma maior experiência, até porque pretendo ser treinador no futuro. Mas o Wanderley tem dois ótimos auxiliares. Eu ainda não sei o que vou fazer no próximo ano.

Como você avalia a participação de veteranos nos grandes times brasileiros?

Eu acho normal. Na Europa é comum. Aqui no Brasil as pessoas vêem de uma maneira diferente. Quando o jogador passa dos 30 anos, para a maioria das pessoas, é considerado velho. No entanto, um jogador com 30 anos já adquiriu uma ótima experiência e, se ele se cuidou durante a vida, tem muito a dar ao futebol. A mescla de jogadores jovens e experientes é importante e ajuda bastante dentro do grupo.

Como é o relacionamento do treinador com os jogadores, antes e depois das partidas?

O Wanderley é um treinador que motiva muito, principalmente antes do jogo, durante a semana. A motivação ajuda para que se chegue concentrado à partida, seja no domingo ou na quarta-feira. Depois do jogo, é normal ele cumprimentar os jogadores pelo que fizeram em campo. Às vezes, dá uma dura quando o time perde, ou quando o time não joga aquilo que ele esperava. O trabalho do Wanderley, durante a semana e antes do jogo, tem uma porcentagem muito grande no rendimento de cada jogador dentro de campo.