(Matéria feita para a Revista Movimento dos alunos da Unisanta)
O papel que normalmente desempenha a imaginação do leitor tomou forma. Guimarães Rosa estava diante de uma escrivaninha e dividia os pensamentos de sua obra com os ouvintes. Na biblioteca os personagens ganhavam e revelavam o que antes estava escondido no preto e branco das páginas. As pessoas que acompanhavam, por um momento, tiveram a impressão de adentrar em um livro vivo e fazer parte do universo do escritor.
“Começamos a conhecer o mundo, O medo é maior que uma pressa, o medo é uma pressa que vive todos os diabos, uma pressa sem cachimbo, é ruim ser boi de carga, é ruim viver com galho nos ossos, as coisas ruins vêm dos homens, tristeza, fome, calor”.
Além de retratar o sertão, o texto e as canções recordavam o Brasil mitológico e brejeiro. O espetáculo apresentado em agosto, na biblioteca central da Universidade Santa Cecília, relembrou a importância do folclore brasileiro e buscou democratizar a poesia, principal meta dos Poetas Vivos.
“O objetivo do grupo é trazer essa literatura ao alcance do povo, ou seja, democratizar”, diz Romualdo Rodrigues Simões, integrante dos Poetas Vivos que explicou sobre o processo criativo, “os textos e as poesias são colocados numa linha de forma a montar texto e contexto, alinhavando o espetáculo, não é uma coisa jogada”.
A integrante Regina Alonso afirma que “a poesia exige criatividade e sentimento, porque o português você corrige. A gente começou a abrir esse universo que vivia somente nas prateleiras. O pensamento de democratizar a poesia, e também, da criatividade e do sentimento estarem acima do português castiço não é idéia nossa, você vê na maioria dos autores, como por exemplo, o Patativa do Assaré que é uma pessoa simples”.
Para Jaíra Presa, uma das coordenadoras do grupo, “a poesia não é gênero popular, mas quando você coloca a palavra viva com interpretação, ela realmente entra na pessoa e se torna verdadeira, é mais fácil de ser entendida, a gente também percebeu que os objetos do cenário ajudam no contexto e facilitam a compreensão”.
O grupo tem sete integrantes e nestes dois anos e meio de existência já apresentou 25 espetáculos diferentes, mesclando literatura e música. Alguns dos homenageados foram Mário Quintana, Cecília Meirelles, e Hilda Hist.
“Gostar de poesia é uma questão de educação, a pessoa assiste e mesmo quem não gosta acaba gostando. A poesia tem uns termos mais difíceis que, se a pessoa buscar no dicionário começa a compreender e admirar”, diz Antônio Carlos Corrêa que fez o papel de Guimarães Rosa no espetáculo. Naquela terça-feira o grupo cumpriu com o que havia dito o escritor Nelson Abissou: “tirar literatura das bibliotecas empoeiradas para os palcos da vida”.
O papel que normalmente desempenha a imaginação do leitor tomou forma. Guimarães Rosa estava diante de uma escrivaninha e dividia os pensamentos de sua obra com os ouvintes. Na biblioteca os personagens ganhavam e revelavam o que antes estava escondido no preto e branco das páginas. As pessoas que acompanhavam, por um momento, tiveram a impressão de adentrar em um livro vivo e fazer parte do universo do escritor.
“Começamos a conhecer o mundo, O medo é maior que uma pressa, o medo é uma pressa que vive todos os diabos, uma pressa sem cachimbo, é ruim ser boi de carga, é ruim viver com galho nos ossos, as coisas ruins vêm dos homens, tristeza, fome, calor”.
Além de retratar o sertão, o texto e as canções recordavam o Brasil mitológico e brejeiro. O espetáculo apresentado em agosto, na biblioteca central da Universidade Santa Cecília, relembrou a importância do folclore brasileiro e buscou democratizar a poesia, principal meta dos Poetas Vivos.
“O objetivo do grupo é trazer essa literatura ao alcance do povo, ou seja, democratizar”, diz Romualdo Rodrigues Simões, integrante dos Poetas Vivos que explicou sobre o processo criativo, “os textos e as poesias são colocados numa linha de forma a montar texto e contexto, alinhavando o espetáculo, não é uma coisa jogada”.
A integrante Regina Alonso afirma que “a poesia exige criatividade e sentimento, porque o português você corrige. A gente começou a abrir esse universo que vivia somente nas prateleiras. O pensamento de democratizar a poesia, e também, da criatividade e do sentimento estarem acima do português castiço não é idéia nossa, você vê na maioria dos autores, como por exemplo, o Patativa do Assaré que é uma pessoa simples”.
Para Jaíra Presa, uma das coordenadoras do grupo, “a poesia não é gênero popular, mas quando você coloca a palavra viva com interpretação, ela realmente entra na pessoa e se torna verdadeira, é mais fácil de ser entendida, a gente também percebeu que os objetos do cenário ajudam no contexto e facilitam a compreensão”.
O grupo tem sete integrantes e nestes dois anos e meio de existência já apresentou 25 espetáculos diferentes, mesclando literatura e música. Alguns dos homenageados foram Mário Quintana, Cecília Meirelles, e Hilda Hist.
“Gostar de poesia é uma questão de educação, a pessoa assiste e mesmo quem não gosta acaba gostando. A poesia tem uns termos mais difíceis que, se a pessoa buscar no dicionário começa a compreender e admirar”, diz Antônio Carlos Corrêa que fez o papel de Guimarães Rosa no espetáculo. Naquela terça-feira o grupo cumpriu com o que havia dito o escritor Nelson Abissou: “tirar literatura das bibliotecas empoeiradas para os palcos da vida”.